2005, game over!

Acabou-se o que não foi tão doce assim, eita anozinho lazarento esse de 2005, hehehe Eu nunca tive um ano tão conturbado assim: saí de Floripa, saí do meu emprego no petróleo, vim para o centro-oeste paulista, trampei como um cavalo e hoje estou quase entregando a minha parte do projeto na grande fábrica japonesa de suprimentos pra ração animal...

Foi foda mesmo, entrei em desespero algumas vezes, achei que não ia aguentar e por muito pouco não desisti de tudo... Mas agora vendo tudo por cima, só tenho a agradecer... Todas essas agruras só serviram para me fortalecer e deixar pronto para tudo! Vou te dizer, pouca coisa derruba João Guandalini atualmente, pouca coisa mesmo! Ahhhh moleque, hahahaha

Demora pra gente se tocar, mas é assim que o mundo roda... Ninguem tem o mundo dos ursinhos carinhosos todo o tempo, perfeito, cândido e feliz... Certas horas rola mesmo o inferno na terra e é aí que todo o teu talento é posto a prova... E, sinceramente, é assim que é bom!

Espero que 2006 seja punk, meu novo trampo em Sorocaba, minha vida ao lado da pequena Sra. Guandalini, minha relação com os meus parentes, amig0s e tudo mais... Muita coisa boa me espera! Com relação as pauleiras, take it easy, já vivi coisa pior e mandei bem, uhuhuhuhuhu!

Saludos!

Mais uma mudança...

Lá vou eu para mais uma mudança de cidade, novo emprego, nova realidade, mais algumas pessoas/lugares/coisas na minha jarra de saudade (tá quase transbordando)...

Sinceramente espero que a frequencia dessas mudancas diminua, que eu possa viver um pouco mais pacatamente, sem muitos sobressaltos...

Mas parto esperançoso, buscando o melhor, torcendo para que um bom horizonte me espere!

Mais uma vez essa música me revisita:

olha, não sou daqui
me diga onde estou
não há tempo não há nada
que me faça ser quem sou
mas sem parar pra pensar
sigo estradas,sigo pistas pra me achar
nunca sei o que se passa com as manias do lugar
porque sempre parto antes que comece a gostar
de ser igual, qualquer um
me sentir mais uma peça no final
cometendo um erro bobo, decimal
na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração
pelas minhas trilhas você perde a direção
não há placa nem pessoas informando aonde vão
penso outra vez estou sem meus amigos
e retomo a porta aberta dos perigos
na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração
na verdade continuo sob a mesma condição

Saludos!

Percepção

Nitidamente a nossa percepção vai mudando ao longo dos anos, esse natal em especial tive uma aula de como a minha visão de mundo está totalmente diferente... Foi curioso, passei o natal junto dos meus pais e do meu irmão, porém longe de muita gente que é relevante na minha vida...

Nem quando eu embarcava em plataformas de petroleo, tive tanta saudade quanto eu tive nesse ultimo sábado... Eu até sei o motivo de tudo isso, estava longe dos meus amigos de Lorena/Guara, da Sra. Guandalini que estava no RJ, do meu afilhado e da minha afilhadinha, da galera de Floripa, dos amigos de facu, mas sinceramente, nunca tinha vivido esse sentimento como dessa vez...

Por que raios ele foi tão exacerbado como agora? Nem quando eu estava nos EUA ou no fatídico embarque no Deepwater Frontier em que passei o ano-novo as coisas fluiram assim... Estranho!

Minha explicação lógica (lá vem ela de novo) só pode estar relacionada a minha percepção da vida, hoje tudo isso o que eu senti falta é o que é realmente importante na minha vida, obviamente que a minha família também tem seu valor ( e agradeço a Deus por estar do lado deles nesse natal), mas o buraco está, com certeza, bem mais embaixo...

Acho que me deparei com uma feliz constatação, eu não sou eu: João Guandalini, um moleque baixinho, meio careca, engenheiro... Eu sou um compendio de coisas: João Guandalini fisicamente falando+minhas estórias+meus amigos+minhas lembranças+mas tudo o que aconteceu...

Nada como um natal pra acordar um peão pra vida, hehehe Abaixo vai uma musica do Garage Fuzz, pertinente:

We're more than five old friends
Playing a song that we wrote some years ago
Seems automatic now
Sharing ideas to understand mistakes
Surviving all the worst days
Seems automatic now
We're running faster and faster
And we know what they have to be
It's a rocking chair in the corner of the room
For everything I gave
We're more than five old friends
Playing a song that we wrote some years ago
Seems automatic now
Sharing ideas to understand mistakes
Surviving all the worst days
Seems automatic now
We're running faster and faster
And we know what they have to be
It's a rocking chair in the corner of the room
For everything I gave

Feliz natal!

Pessoas que acompanham as minhas lamurias, eis que chegamos no natal!

Espero que pra vcs essa data tenha um significado especial! Pra mim é uma oportunidade de estar junto daqueles que me trouxeram ao mundo e poder agradecer por tudo o que Deus vem me proporcionando, minha vida é confusa, mas nem de longe é ruim!

Oportunidade pra fazer um revival, lembrar das estórias, das pessoas que já foram e de tudo o que foi marcante... Renovar as esperanças, tomar uma nova pílula de ânimo e partir pro bate!

Pra vc leitor só tenho a desejar o melhor, na noite de natal entoe um mantra, reze, faça um pensamento positivo... Agradeça por tudo e reze pra que as coisas sejam ainda melhores no ano que virá... De cá segue o meu pensamento positivo, honestamente, sou mais a gente nessa guerra!

Saludos!

É natal, é natal, pega no meu... PÉ!!!!!!!!!

Patzzz e não que é chegamos em mais um natal: tempo de amor, paz, de comunhão, shopping lotado, "n"papais-noéis pela rua, carros de som com musicas natalinas, Simone se esguelando no fatidico "Entao é natal", meu, que vontade de sumir... hehehe

Eu ando muito mercantilista, natal pra mim atualmente significa... 13 salário! hehehehe Meu, que delicia receber aquela graninha a mais, saldar as dividas, poder comprar um cd novo sem culpa e até jogar alguns míseros reais num investimento... E o pior, venho notando que as pessoas ficam mais felizes nessa epoca por causa desse motivo, veja se não é lógico (eita engenheiro, sempre querendo achar lógica em tudo), natal é associado com saudades, família, reencontro, algo até um pouco triste... A felicidade, essa vontade de mudar tudo, recomeçar, promessas de ano novo e o caramba a quatro tem a ver mesmo com o 13 salario, pergunta se alguém se anima pra mudar tudo em meados de agosto, de volta das férias do meio do ano com o cheque especial atingindo a ionosfera? Infelizmente somos capitalistas, dinheiro manda...

Triste lembrar que eu perdi a minha essencia, lembro do natal quando tinha 7 ou 8 anos, era uma conjunção de boas coisas acontecendo: férias da escola, expectativa pela chegada do papai noel, viagens para a casa dos parentes, comida farta na ceia e o melhor, a certeza de que estava livre pra fazer tudo o que eu quisesse (dentro do limite do "Juizo, meu filho") por quase dois meses... Que belezaaaaaaaaa!

Mas convenhamos que fica dificil manter a essencia do natal com essa maldita carreata do Jornal da Cidade passando de cinco em cinco minutos na frente de casa tocando essas enfadonhas músicas de natal, fora os longos minutos tentando obter uma vaga de estacionamento no shopping, aquele cheiro de pipoca de manteiga de microondas no centro da cidade (quem será o infeliz que compra pipoca de manteiga no calcadao de Bauru num calor de 30 graus?), as longas filas nos supermercados.. Fora que as pessoas tendem a ficar competitivas quando compram peru/chester/tender no natal (e bacalhau na pascoa), faça um teste: pegue um tender e comece a mensurá-lo, vendo textura, peso e tudo mais, em dois palitos, uma senhora vai ficar analisando o seu diagnóstico com olhar de desejo pela sua escolha e batata, se vc largar o tender, ela vai correr pra pegar aquele que vc escolheu, hehehe Fiz isso no Wal Mart esses dias...

Fechando o post com chave de ouro, vai um trechinho de uma musica dos Garotos Podres, afinal, punk que é punk encoxa a mãe no tanque (essa frase é no mínimo grotesca) hehehehe

"PAPAI NOEL filho da puta
Rejeita os miseráveis
Eu quero mata-lo
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres"

Saludos!

"A lei da selva consumir é necessário
Compre mais, compre mais
Supere o seu adversário,
O seu status depende da tragédia de alguém,
É isso, capitalismo selvagem"

Esses versos vêm de uma letra de rap dos Racionais Mc´s, engraçado como pessoas com instrução parca (como o letrista dessa música) podem escrever coisas de tão grosso calibre... Nessas horas temos que usar um expediente comum na engenharia, colocar tudo na mesma base de comparação...

Esse letrista estudou em colégios públicos (greves, falta de professores, falta de estrutura), nasceu e foi criado em bairros pobres, veio de família humilde... Eu, nunca fui rico (mas nunca passei necessidade), estudei em bons colégios, frequentei uma das melhores (se não a melhor) faculdade de engenharia mecânica do Brasil, fiz intercâmbio, fiz viagem de mochileiro pela Europa e o escambal a quatro... Isto posto, o cara tem um valor desgraçado por ser capaz de escrever coisas desse tipo, pode nem ser uma sucessão de rimas ricas (lembra disso? hehehe), mas é direto, transmite a mensagem e, o melhor, tem um senhor impacto....

Assumidamente eu venero coisas mais roots, dou valor a coisas e pessoas meio "lado b"... Isso tem a ver com a minha admiração pela contra-cultura, pela terceira via... Não gosto dessa veneração do luxo, do glamour, daquela coisa que só o que custa zilhões de reais tem valor...
Eu tenho meio um imã pra pessoas mais simples, humildes... Direto para um peão de obra pra conversar sobre a vida, filosofar ou coisa do tipo comigo... Lembro dos nossos acampamentos na epoca do escoteiro, sempre tinha um tiozinho que encostava pra prosear comigo enquanto andavamos pela zona rural do vale do paraiba... Não sei se vcs já tiveram essa experiência, mas costuma ser muito legal, essas pessoas tem uma visão de mundo bem diferente, são menos imediatistas e sempre tem algo a contar (todos fatos empiricos ou mentiras bem contadas, o que dá na mesma, hehehe)...

Prefiro mil vezes uma boa prosa com um tiozinho com mato no canto da boca do que uma conversa glamourizada com qualquer aprendiz de socialite... Audi o caramba, vamos dar rolê de carroça mesmo, hehehe Saludos!

Geração do exagero...

Caraca, estava eu, Renatinha e a pequena Erica divagando sobre nossas parcas vidas, quando um de nós (acho que a Erica) atentou para um fato que a tempos eu pensava, mas nunca tinha me dedicado com afinco sobre, meu, essa era que vivemos é a era do exagero...

Putz, já notaram como trabalhamos em demasia, comemos como desesperados, bebemos como se aquela festa fosse a única, caramba, muito longe estamos do ponto de equilibrio...

Esse topico foi motivado por algumas passagens que venho vivendo no meu serviço, uma empresa japonesa tende a incentivar a formação de workaholics, independe de isso ser sadio ou não, porém caberia aos sensatos (leia-se alto clero) de plantão primar pelo bem-estar e pela produtividade (afinal workaholic produz muito em quantidade e pouco em qualidade) inibindo esse comportamento destrutivo dos colaboradores... Ledo engano, isso é incentivado ao extremo, o maníaco por trabalho ganha seu pedestal, se reveste de bronze, se transforma em estatua e vira o exemplo...

Agora a pergunta pertinente, quem irá pagar pelas horas que esse fdp passou longe da família, dos momentos que ele perdeu não vendo seu filho crescer, da falta de assistência (bom sentido, hehehe) praquela que ele escolheu como companheira na alegria e na tristeza... Isso sem falar da ulcera e dos disturbios organicos! Deveras foda!

Infelizmente meu "sadio" ambiente de trabalho é uma amostra da sociedade, estamos vivendo uma era que ninguém é homem suficiente pra coibir isso e o pior, incentiva-se e põe-se como exemplo... Depois gasta-se milhões pra descobrir porque se toma tanto Prozac, ahhhh, se foder, é só acordar e notar que do jeito que está não tem peão que aguente...

Pilulas de sensatez pra todos! Urgente, hehehe Saludos!

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios...

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, esse é o título do novo livro de um escritor chamado Marçal Aquino... Não li o livro e pouco conheço sobre o cara, mas essa frase me tocou, realmente isso sou eu, observador/admirador, efetivamente, eu receberia qualquer notícia, inclusive as piores, dos lindos lábios da Sra. Renata Monteiro...

Note como isso é dúbio, remete a duas coisas: um cara desligado/desatento que recebe uma fatídica notícia sem prestar atenção no que a pobre menina está falando, vidrado naqueles lindos lábios sem dar muita importância ao fato em si e/ou um cara extremamente apaixonado, que mesmo sabendo que a notícia é ruim, pouca importância dá a ela, sabe que só a companhia da moça de lindos lábios o dá força suficiente pra enfrentar o problema, por mais complicado que ele pareça num primeiro instante...

No meu caso, a segunda opção é a mais conveniente, Renatinha me completa, me dá forças para que os mais intrincados problemas pareçam simples... O sorriso daquela guria tem poderes mediúnicos, move montanhas! Tá podendo hein filhota? hehehehehe

Mas o amor tem que estar voltado pra isso mesmo: parceria... Ninguém é feliz sozinho, vc tem que se cercar de uma companhia que lhe faça bem, alguem com que vc dê risada, se divirta e compartilhe seus problemas e angústias... Namoro/casamento tem muito mais a ver com o olho-no-olho do que com o apelo sexual, ninguém é infinitamente disposto sexualmente e nem é possível estar apaixonado por alguém por 40 anos...

Se um namoro só se sustenta na "pegada", se não rola uma afinidade/sinergia/sintonia, desencana, a tendência é de fracasso! Nesse aspecto, estamos bem, eu e a Sra. Guandalini temos uma sinergia absurda, muito bom, muito bom! Renatinha, beijos, vc domina... Saludos!

PS: Esse post ficou meio Don Juan, dá até pra imaginar eu de bigodinho ralo e flor na boca, que horrível, hehehehehehehe

Uma imagem vale mais que mil palavras mesmo, segue a ML ai, tenho ou nao tenho razao pra essa saudade? hehehe Saludos!

Saudades... Dificil essa vida de cigano, hoje estou tomado por um sentimento agoniante de saudade, não paro de pensar na minha afilhadinha (não oficialmente), a Maria Laura... Vontade de estar do lado daquela pequenininha, de brincar, de apertar, de ouvir aquela risada gostosa, de dar tapa de mão cheia naquela bunda redonda de criança... Ela está prestes a fazer 4 anos, mó fase boa...

Engraçado como a vida dá rasteiras na gente, essa menina é filha de duas pessoas que eu gosto muito, com a mãe dela inclusive eu tenho uma relação meio karmica, sei lá, uma afinidade que chega a dar medo... Mas a vida tratou de me mandar pra longe de Floripa e esses "rabos" ficaram por lá...

Acompanhei a guriazinha nascendo (parecia um ratinho tadinha, hehehe), mordi um monte quando era nenem, acompanhei a fase ainda "muda", as primeiras palavras, fui em "n" apresentações da escola (caraca, teve uma vez que ela estava de vestida de caipira na festa junina, putaqueopariu, tava linda MESMO), levava ela pra cima e pra baixo, quebrava tudo com a guriazinha... Criei uma relação de amor (meio de pai, padrinho, sei lá) e agora estamos a 1000 km de distância um do outro...

Sinceramente, isso não é justo... Esse tipo de coisa desestabiliza qualquer um, essa saudade, essa vontade de ver, de brincar, de estar junto com uma criança não deveria ser privada de ninguém... Desejo, mais do que nunca, que se viabilize o tele-transporte, a humanidade precisa se locomover de uma maneira mais rápida... No meu caso, em especifico, metade das minhas angustias se dissipariam...

Só espero que a ML seja uma criança feliz, mesmo que sem a minha "supervisão"... Te amo pequenininha, saludos!

Tempo x estado de espírito... Desde quarta-feira, um dilúvio assola o centro-oeste paulista, nem estou reclamando, na verdade, nada mais justo já que estavamos a um bom tempo sob um calor infernal... Minha intenção aqui está mais centrada em discorrer sobre a influência que o tempo/clima tem em nossas vidas...

Na boa, impossível não concordar que somos seres influenciados pelo tempo e pelo meio que nos cerca, tirando o aspecto orgânico (por exemplo, no calor te dá uma moleza que consequentemente dá uma preguiça e por fim te deixa meio letárgico) o tempo sim, determina o nosso estado de espírito...

Eu, por exemplo, em dias de chuva como esse fico nostálgico, com saudades de casa, dos amigos... O porquê? No idea, chuto que tem a ver com os dias de chuva intensa em Lorena/São Paulo, onde forçadamente eramos obrigados a ficar em casa, aumentando a convivência com os meus pais, com o meu irmão e até, com o meu cachorro... Tem ainda uma lembrança bem marcante, como não podiamos brincar na rua, eu e meus amigos eramos obrigados a ficar nas casas/garagens jogando ping-pong, war ou simplesmente falando besteira...

Começa a chover prolongadamente e batata! Está lá o pequeno Guandalini com saudade da "aurora da minha vida, da infância querida, que os anos não trazem mais" hehehehe

Acredito que a maioria das pessoas fique mais instrospectiva, mais família, meio depressiva inclusive (deve aumentar assustadoramente a estatistica dos suicidios) em tempos chuvosos... A única exceção é a peãozada, neguinho chega na obra com um sorriso de orelha a orelha em dias de chuva, um dia inteiro fazendo nada, jogando truco, falando besteira... No universo do petróleo esse é o famoso "dar galo"... hahahaha Saludos!