quarta-feira, junho 29, 2005

Estava conversando com a minha querida prima Natalia, e a discussão estava centrada em alguns problemas que estavam acontecendo no meu trampo (lerê, lerê, vida de nego é dificil) e conversa vai, conversa vem, chegamos a uma conclusão crucial (talvez de vida): eu prefiro ser do "dark side" da força! hehehe

Não que a gente esteja defendendo o mal como solução, nem queremos Lucifer/monstros/bestas/bicho papão como nosso guru, longe disso, já faz tempo que eu não ouço mais os versos satânicos do Slayer usando-os como fonte de inspiração. Estamos focando que as vezes o mundo "padrão" é chato demais e o negócio é ousar! Fugir desse mundo "poliana moça" e partir pro "dark side"... uhuhuhu

Corporativamente, venho notando que cada vez mais o caminho para o sucesso (entenda cargo de diretoria, carro com potência tendendo ao infinito e tempo/dedicação a familia tendendo a zero) significa manter distância do dark side :( Nas mínimas atividades vc é incentivado a fazer sempre a mesma coisa, do mesmo jeito e o pior, MAIS BARATO... Ninguem nem cogita questionar, fazer diferente, discutir/argumentar (dentro dos limites do respeito, óbvio), inovar! As coisas ficam tão niveladas por baixo, tão sem graça, sem sal... Se fosse o Lula quem estivesse escrevendo isso, ele diria: "em time que tá ganhando, não se mexe", ahhhhhhhh, não se mexe porque é cagão, tem medo de inovar, se esconde no obvio porque é incapaz de criar algo melhor (eita ódio no coração, hehehe). Põe quatro atacantes e quebra tudo hj, Parreira! hehehehe

O ruim é que isso está se espalhando pela vida, ninguém ousa por medo de parecer "diferente" e o pior, quando é diferente fica igual ao um monte de outros "diferentes", caraca, essa nem eu entendi... Vamos lá, visualiza um grupo de minas que curtem musica eletronica: elas fazem 14 anos, desgrudam um milimetro da barra da saia da mãe, se sentem livres (prontas para o mundo) e já aproveitam pra colocar 113 piercings (inclusive lá), fazer tatuagens, comprar aquelas meias multicoloridas e bla, bla... Lutam tanto pra abandonar aquela estereotipo de menininha de saia rodada dos longiquos 13 anos e ficam exatamente iguais a todas as outras meninas da mesma turma (aos 14,5 anos)...

Que coisa triste, como diria o Metallica "Sad, but true"... Na real, não sei nem se o negócio é ser diferente/ousado, acho que o caminho é não entrar no "status quo", se acomodar, acostumar, engolir sem questionar...

Que bosta, esse meu post de hj ficou parecido com o meu primeiro post, hahaha Acho que sou samba de uma nota só! Olha a limitação aí gente! Saludos!

terça-feira, junho 28, 2005

Sabidamente, as coisas mudam em sua vida quando vc se forma, sua vida mole de facu acaba e vc vira, definitivamente, um homenzinho, hahaha Na maioria das vezes esse processo é um pouco traumático, o mundo de verdade é bem diferente daquilo que vc imaginava/idealizava...

Pra mim, a transição foi mais lenta, trabalho desde meus remotos 17 anos e não parei durante a graduação, porém, nunca é tarde pra se surpreender, essa semana pro exemplo, não paro de pensar numa coisa que me aconteceu aqui no trampo: estou comprando bombas para envio e descarregamento de produtos químicos e estamos cotando com empresas brasileiras e japonesas...

Para minha surpresa, esses dias descobri que os japoneses não fazem negociações para os produtos que vc pede cotação, nada de pechinha, barganha, descontos mirabolantes, margem pra propina, porra nenhuma. É aquele preço e se vc não achou justo, procure outro...
Meu, que senhor grau de evolução!

Nesse nosso querido pais uma negociação de compra de produtos (em especial de grande valor) é quase uma odísseia, manhas, artimanhas, blefes, levanta da mesa, senta na mesa, descontos, margens, choradeiras, isso quando não descamba pra picaretagem, dinheiro pro chopinho, caixa 1, 2, 3, 112... Fora que todo comprador adora bater no peito que ganhou aquele fabuloso 12,35% de desconto no produto X, nessas horas é que o CREA treme, produtos meia boca chegando (quem tem margem estreita, se dá desconto grande entrega gato por lebre), gambiarras a mil, providencia numero 1: aumenta o coeficiente de segurança/cagaço, seu engenheiro meia boca! hehehehe

Putz, no Japão, o blefe, a picaretagem não está inclusa no "pacote", a pessoa cobra aquilo que ela acha justo... Não é cabível negociar preço afinal, partindo do ponto que todos são honestos, qual direito tem vc de questionar a margem de lucro de alguem se vc não é especialista naquele negócio. Individualidade, respeito, confiança, deveras foda!

Será que esse pais tropical chega um dia nesse ponto? Deus queira que sim! Eu muito acreditei na revolucao, nas armas, mas tem sempre a lógica do vencedor e do vencido, gente querendo levar vantagem, tomando corpo, usando e abusando do poder... Não rola!

De certeza, se chegarmos a esse ponto aquele fdp das Casas Bahia some da tv, uhuhuhuhuhu, 8ª maravilha do mundo! Quer pagar quanto na cadeia! Se ferrar! hehehe

Saludos!

segunda-feira, junho 27, 2005

Putz, não é que eu tomei vergonha na cara e publiquei um blog... Sei lá, minha cabeça fervilha e eu acho que tenho que pôr isso pra fora, nem que seja em mal traçadas linhas, escritas anarquicamente e sem muita pretensão... Não espere muito dessa m..., mas compartilhe suas opiniões, faça críticas, enfim, chega bicando, hehehehe

O meu tema de hj, pra começar com o pé direito, diz respeito a balada... Caraca, estou numa fase tão crítica que nem as baladas eu estou enxergando com os mesmos olhos... Puta, quase 25 anos na cara, mezzo careca (hahaha), depois de ter visto muita coisa, cheguei a uma conclusão: Aproveitar a balada é para pouquissimas pessoas!! Dãããr, isso qualquer imbecil concluiria, mas a minha argumentação tem o buraco mais embaixo...

Não tô falando de encher a cara, dançar se exibindo como carne num açougue e sair beijando trocentas pessoas só pra massagear o ego, isso qualquer zé ruela faz! Não requer inteligência, prática, talvez somente um pouco de malícia (mas isso aprendemos desde criança nesse país quente e abafado)...

Sabe o que é ser foda? É não se render aos modismos, não saber dançar axé, pagode, funks cariocas, baladinhas do Jota Quest, essas porras todas... Sabe porque? Se vc não faz isso, vc simplesmente vira um alien, um deslocado, um estranho, um esquisito, INAPTO ao convivio social, hahaha

Agora quero ver vc ir na parada, dançar o que vc curte dançar, cantar a letra das músicas que vc tá afim, ficar parado quando der vontade, tomar uma malzbier/cynar (esse são poucos que gostam) porque gosta do gosto e sair de lá no 0x0 só porque não encontrou uma mina que rendesse 5 minutinhos de conversa minimamente inteligente, mais fácil encontrar uma orgia de anões acontecendo na praça da sé do que pessoas assim...

Puta, agora quer ver moleque de gel no cabelo, tomando skol igual água, dançando tecno porque é lokooo, xavecando uma pá de vagabunda e dandos uns beijos meia boca numa mina que ele nem sabe o nome direito, ahhhhhhhhhhh, tem a rodo!

Mina embalada a vácuo, rebolando e dançando uma musiquinha da moda, atirando pra tudo quanto é lado, xavecando aquele porque tem carro, aquele outro porque era esquema da inimiga, aquele outro porque ele pode pagar cerveja e aquele outro pois pode pôr ela de graça na balada, nota de 1 real, vc vê a toda hora e todo lugar...

Posso até parecer pretensioso, mas me orgulho de ser roots, sempre fui e espero pra sempre ser um cara diferente, estranho até, mas com consciência do que faço, sem ser render aos apelos da mídia, da juventude, do sistema (odeio falar isso).

Resumindo, uiiiiiii, que raiva de quem é "Mais do mesmo"....