domingo, outubro 23, 2005

Sou corintiano... Me identifico com aquela massa pobre e desdentada e vibro (desde o gol do Viola na final do paulista em 1988) com os lances do Todo-Poderoso... Gosto de futebol, razoavelmente acompanho a imprensa esportiva e tenho prazer em assistir os jogos pela tv... Porem, como sou crítico pra caralho, abomino a seleção brasileira e todo o ufanismo meia-boca do Galvão Bueno (na real, ele é o grande culpado por essa minha aversão à seleção canarinho), bem amigos da Rede Globo o cacete, hehehehe

Como é sabido de todos, tivemos algumas mortes em disputas entre torcidas aqui em SP, coisa feia mesmo, um bando de covardes (em grupo, é obvio) se travestindo de doses cavalares de machismo, espancando, dando tiros enfim, aniquilando, torcedores dos times rivais...

Não vou dizer que eu amo os palmeirenses, são-paulinos ou os santistas, mas daí a quebrar a cara de um cara só porque ele não é da fiel, pelamordedeus, isso infringe em muito a minha noção de absurdo... Engraçado que ir num estádio realmente é um ato que exacerba os seus sentimentos, em especial aqueles relacionados a fé e a paixão. Devo confessar que choro quando no estádio ouço a massa gritando: Todo-poderosoooooooooo Timãooooooooooo!

Pensando nessa lógica fica fácil entender o porque de jovens se matarem por causa do seu time do coração, o limite para a insanidade é tênue, o alcool impulsiona a agressividade, a grande maioria deles vem da periferia (onde a masculinidade é afirmada na porrada) e o pior, tirando o futebol, esses piás não tem mais porra nenhuma na vida...

Pobre país o nosso, só temos um elemento agregador do povo: o futebol. Nem isso mais se salva, definitivamente, para o mundo que eu quero descer, hehehe Saludos!

2 Comentários:

At 12:43 PM, Blogger Cristina Boeckel bicou...

Não tenha problemas em se identificar com a grande massa pobre e desdentada que lota os estádios: afinal de contas, eu torço pelo Flamengo, outro time que costumam identificar como "de pobre".

Acho que o futebol passou a ocupar o lugar de única forma de prazer para parte da classe trabalhadora, assim, perder ou ganhar uma partida passaram a ser encaradas como questões de vida ou morte.

Beijo

 
At 10:31 AM, Anonymous Anônimo bicou...

João, sou palmeirense de origem genética (meu tataravô foi presidente do Palestra Itália) e tb parto do princípio do respeito ao ser humano antes das suas preferências influenciarem em qualquer opinião. Só que neste tosco país de pão e circo capenga (que nem pão fornece) o que restara a nossa população foi o futebol (principalmente após a morte do Senna), nem hoje mais respeitado pois até ele foi vítima da nojenta corrupção que nos cerca!!! As cenas que vimos este final de semana não merecem nem ser tachadas de animalescas uma vez que estes só partem para violência em dois casos: autodefesa ou fome. Não foi o que vimos pode ter certeza! Roma é vista como selvagem. HA! Pelo menos eles cumpriam o pão e circo direito e seus gladiadores não arriscavam a vida de inocentes!

 

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